Na alma do meu violão
Assombram três fantasmas:
– Um se chama Acalanto
E o outro Viração...
Quando Acalanto assombra
– a alma do meu violão –
Tudo se torna milonga,
Quimeras, poesia e canção.
O tempo para pra ver
O bailar da prima e o bordão,
Quando Acalanto assombra
– a alma do meu violão –.
Na alma do meu violão
Assombram três fantasmas:
– Um se chama Acalanto
E o outro Viração...
Quando Viração assombra
– a alma do meu violão –
As cordas se perdem em rancheiras,
Xotes, polcas e vaneirão...
Mas, depois, tudo vira poeira
E a milonga se faz amante da solidão,
Quando Viração assombra
– a alma do meu violão –
Na alma do meu violão
Assombram três fantasmas:
– Um se chama Acalanto
E o outro Viração...
Quando o terceiro fantasma assombra
– a alma do meu violão –
O silêncio se para mais quieto
Para ouvir a sua canção.
A milonga – sempre presente,
Faz contraponto com a dor,
Quando o terceiro fantasma...
Que tem por nome – Cantor!
Na alma do meu violão
Assombram três fantasmas,
Que penam arrastando seis cordas
De uma mesma prisão.
Caco de Paula.
23/03/2011
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