quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Tributo a Knelmo Alves

Nos discos da estante, seus versos descansam
Carregados de ânsias que os fazem cantar.
E na voz de quem canta, o mesmo sentido,
O mesmo gemido, o mesmo sonhar...

São coisas simples descritas nos versos,
Mas, que trazem pra perto o que mora longe.
Retratam em palavras sonhos dispersos
Que guardam nas retinas o mesmo horizonte.

São gente simples como os versos que falo,
Que se encontram na mesma canção.
E ao ouvirem as palavras, se calam.
Pois elas falam ao seu coração.

Destinos diferentes traçaram pra si,
Cada qual com seu sonho... Sua dor!
Porem, a mesma realidade os esperava
Na última dobra do corredor.

Hoje envoltos nos versos que escutam,
Encontram um pouco do que já se foi,
Na lembrança de um gosto da infância,
Uma canga, um relincho, um berro de boi...

Descansa em paz, velho poeta,
- dos versos simples, que sabem falar -
Que tuas verdades hão de ser imortais
Nos discos da estante, que não querem calar.




16/06/2006
Caco de Paula.

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